sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

me morro.

Um balaço seco me alcança
Numa esquina
Num assalto
Assalto no pesadelo
E eu deitado
Com a mão que retira a bala
E cobre o furo
Irrompimento de sangue
Assalto
E eu assassinado
Caído no asfalto.

Não é o sono
O maior parente da morte
É o pesadelo
O mais proche'
Deste tipo de sorte. 

Adendo ao poema:

À que me lê
Aquela
Que me interroga
E sabe que o mundo não acaba
E sim as pessoas doidas é que acabam com o mundo
Contou-me de que
Morrer no sonho, de toda sorte
Não deve ser azar ou coisa má
Demais, Mariana me aponta
O alívio de que 
Talvez não tenha morrido
Nem mesmo de mentira
Naquele pesadelo, sonho
As notas
Morrem ou perdem
o Som? 
E o som da morte
Não é o choro
Mas o silêncio.

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