segunda-feira, 28 de setembro de 2015

tímida quimera

Envermelha! Guarda da tua passagem
No caminho da sombra, a lembrança
De quando eras, ou foras a criança;
Admirada entre tantas, não à margem!

Envermelha! Se tu vês que a viagem
Equipara-se a uma esquecida dança,
Recorda-te que dava-me a esperança
Da beleza que pedia a aprendizagem!

Escutas, pois, passos dados na areia?
Era a moça de pele clara como a tua
O sorriso que ao sorrir-me, incendeia

Foges da sombra que te envolve nua,
Ou foges do olhar que em ti passeia?
Recusarás do sol aquela luz tão crua?

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