segunda-feira, 6 de abril de 2020

A solidão contínua e que continua
Entre os becos e ao lado da rua
Propaga chamas como tranças-de-dedos
Preservando de alguns os toques
Por ora quando não quer
Recolhendo arremedos;

Sobrarão alguns trapos de abraços
Por alguns que hão de decidir pelo
Riso do contato - quão indecente também haverá de ser - os dentes que morderem os lábios infectos: o cismo do contato e a terra treme com suas viroses.

Teremos um resto de corpo para chamarmos de endereço de uma existência ameaçada. Mas é apenas isso. A não ser que o Deus de vocês nos devolva um pouco da imunidade dos corpos santos que escolheram não se corromper. Fora disso, só mesmo um fio de carne.

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