eis que a superlua rosa havia desdenhado
de refletir-se nas águas do rio 'lcobaça
para deslizar no céu em pressurosa graça
e distar atrás de si o que se ia ao lado
de refletir-se nas águas do rio 'lcobaça
para deslizar no céu em pressurosa graça
e distar atrás de si o que se ia ao lado
vendo-a bela como se fosse o futuro dado
adiantei-me, açodei, do pé o pó à fumaça
cheguei ao trevo, olhei, à visão esparsa
o rosto dela ali na lua estava desenhado
murmurei-lhe, voz, retornei à amiga rima
ou te digo um soneto ou te faço serenata
a canção sonava, garria, teu nome marina
revelo a arte e o lugar do qual se trata
para que saibam o que o meu texto arrima
é do amor perdido, ela, a secular cascata
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