O vento que corre é saudade
Abaixo da superfície
Suas correntezas: amarguras
O rio que segue, sabe
Que chega algum dia
No infinito dele que é
Mar e morte, mesma coisa
O rio aceita embarcações
Desde que não afundem
Que elas não se amarrem
Não desçam onde não podem
Sobre as águas desse rio
Corre um bote pequenino
Que tem por apelido dado
Veloz e dardo, amor
Amor que segue desde
Soprado por vento saudade
Que vai em direção ao mar
Que só ama em superfície
Que sempre acha
No mar, seu fim
Que sempre se acaba
No sal, enfim.
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